segunda-feira, 9 de maio de 2011

Delírio - Martim César - Caminhos de Si.wmv


Deliro! E em meu delírio, feito um doido, eu pressinto
Que hoje me encontro sob as regras de outro plano
Onde só digo a verdade, na verdade, quando minto
Onde o tempo não existe e a vida é um grande engano 



Um minotauro corre a esmo em seu infindo labirinto
Temeroso de encontrar, outra vez, um ser humano
Há milênios não compreende seu destino desumano
De viver em um pesadelo e morrer por ser distinto

Fera ou homem? Neste quadro em que eu me pinto
Pouco importa. São tão iguais logo após cair o pano
E se eu sou ambos, toda a dor que imponho e sinto

É duplicada pelo espelho, onde vejo um ser extinto
Quero voltar à realidade, mas é tarde!... O cotidiano
É um vampiro confundido entre sangue e vinho tinto.



               Martim César Gonçalves

2 comentários:

Analva Passos disse...

Maravilha de poema, ainda mais na sua voz!
Parabéns pelo vídeo genial! Bjs

Carlos José de Azevedo Machado disse...

Por Odim, Jupter, Zeus. Fantástico. Vi o vídeo agora. Simplemente fantástico. Viajei. Parabéns.

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