domingo, 4 de dezembro de 2011

Ode à Confraria - Martim César



Versos falados sobre caranguejos, poetas e baldes. Participação de vários atores novatos, entre eles o Djalma do Megafone. A poesia tratada como assunto do cotidiano.
Músicas incidentais do TOM ZÉ, do CD Postmodern Platos.  Sem esta trilha, este vídeo não seria possível! 








Ode à Confraria


Como  quadra a um poeta que vasculha o cotidiano
Deve estar um Confrade ao seu entorno sempre atento
Fazer de qualquer brisa, vendaval; de uma gota o oceano
(Saber caçar um seguidor também requer algum talento!)


Nenhum assunto está a salvo, nem o poema mais insano
Sujeito ao crivo dos mortais há de postar-se o seu intento
Airoso sairá desse combate ou terá sido apenas mero engano?
Eis a sua hora da verdade! Eis o seu grande julgamento!


Por Confraria tem o nome e este, por certo, está bem posto!
Cabeça acima da manada, mesmo que a foice cobre o preço
Pois uma ideia vale a vida e nenhum sonho está debalde...


Que tudo afinal é permitido; exceto, é claro, o que é imposto
A liberdade é o escudo contra os que o querem pelo avesso:
O poeta, enfim, é um caranguejo que se libertou do balde!


Martim César

3 comentários:

José Alberto de Souza disse...

Encantadora performance
dessa bonita gente,
nestes rostos conhecidos
que revejo com emoção.

Parabens sinceros a todos
pela expressiva interpretação
d'um tão luzidio soneto
do nosso vate Martim Cesar.

Silvani Isidório disse...

Parabens pelo lindo poema, de tanta singularidade e um gigante significado. Analva, minha amada e eterna professora, vc leva jeito para as artes cênicas...Um grande beijo e saudades...
Silvani Isidório
Unieuro Aguas Claras DF
...Lembrou ?

Analva Passos disse...

Oi Silvani! Claro que me lembro, né! Obrigada pelo carinho. Sempre gostei de teatro! hehehe Fico feliz por ter gostado, agora consigo realizar algumas atividades sempre sonhadas e nunca antes permitidas pela falta de tempo...Eu me libertei do balde!! hehehe
Beijo grande querida!

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